terça-feira, 5 de maio de 2009

SP anuncia 10 mil vagas para professores até setembro e promete outras 50 mil

Espero que de fato o concurso seja efetivado, pois desde o ano passado foram prometidas 75 mil vagas e até agora nada. Com relação a provinha, a idéia é interessante, só precisamos esperar para ver no que vai dar. Se for organizada, terá bons frutos. Agora esse cursinho para professor concursado é furada, será dado pelos mesmos profissionais que fazem o que o governo chama de pedagogia ultrapassada, usarão recursos que não tem nas escolas, depois do curso enfrentarão a realidade e ainda tem o tal do estágio probatório, mas três anos de avaliação. E com isso todos os problemas da educação se voltam para o professor. O governo acredita que dando este cursinho de 360 horas capacitará os profissionais para uma rede imensa, sem infraestrutura e condições dignas e humana de trabalho. E conversa para boi dormir, chegue logo 2010, isso tudo é para números, a SEE pensa que inova fazendo isso, eles então assumem que jogaram no lixo os altos valores gastos com capacitações que em muitos casos passaram de 360 horas e não mudou em nada a rede. Vamos esperar, quero acreditar que pode ser melhor.
Fonte: 05/05/2009 - 14h37 - Ana Okada*Em São Paulo - UOL educação - *Atualizada às 15h50.
O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (5) a criação de 10 mil vagas para professores, que devem ser preenchidas por concurso público até setembro. A Secretaria de Educação do Estado ainda promete enviar projeto para a Assembléia Legislativa criando outros 50 mil cargos para docentes - ainda sem data prevista para realização de processo seletivo.As novas vagas foram prometidas no evento de lançamento do programa Mais Qualidade na Escola - um conjunto de medidas para a educação paulista. Hoje, a rede estadual tem 130 mil professores efetivos e 80 mil temporários.Entre as ações do programa estão a lei que dispõe sobre o ingresso dos professores, em que são previstos um curso de formação para os aprovados em concurso, a criação de duas novas jornadas de trabalho e a criação de uma prova para os temporários.
Avaliação de temporáriosNa prova para docentes temporários, aqueles com melhores desempenhos terão prioridade para a escolha de turmas. "Resolvemos a questão judicial preservando nossos alunos de ter aulas com pessoas que não foram qualificadas por um exame", afirmou o secretário da Educação, Paulo Renato Souza.No início do ano, uma prova para professores temporários na rede estadual virou alvo de ações na Justiça. Segundo o governo, o sindicato dos professores não foi ouvido. Mas a secretaria afirma que tem reuniões agendadas. "Creio que a maioria das reivindicações foi atendida, como a manutenção dos direitos dos temporários e a criação de novas vagas", disse o secretário. Prova para professores ingressantesO programa lançado prevê a criação de uma escola responsável por oferecer a formação de professores do Estado. Os profissionais que ingressarem na rede terão de passar por um curso, que será feito presencialmente e a distância.A formação será feita por meio de sistema de cooperação e parcerias com universidades públicas e privadas do Estado. O FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) apoiará a instalação da escola, sediada na rua João Ramalho, com recursos humanos e materiais.Os custos do programa serão absorvidos pela Secretaria de Educação.De acordo o secretário da Educação, o novo modelo é "uma mudança profunda, que aproxima a carreira do magistério à carreira pública, que também oferece cursos de formação". Além disso, foi anunciada a criação de duas jornadas de trabalho distintas para os docentes: uma de 40 horas e outra de 12 horas de trabalho semanais. Segundo a pasta, a de 40 horas visa a que o professor crie vínculos com a instituição de ensino. Já a de 12 horas serve, segundo o governo, para os professores de disciplinas com pequena carga horária semanal, como química. Fim do corporativismoDurante a divulgação do programa, o governador do Estado José Serra disse que muito foi feito em relação à estrutura das escolas, mas pouco se avançou no aprendizado.Segundo Serra, isso se deve ao "corporativismo exacerbado devido a leis enrijecidas e a inadequação das faculdades de pedagogia". Para ele, o que será feito é "trazer do futuro para o presente os cursos de aperfeiçoamento, com um exame".

MEC vai comprar 2 milhões de cadeiras e mesas para a educação básica

Fonte: 05/05/2009 - 20h52 - Da Redação - UOL educação - Em São Paulo
O MEC (Ministério da Educação) vai comprar mais de 2 milhões de cadeiras e mesas para a educação básica. Serão conjuntos para alunos, professores e pessoas em cadeiras de roda. O edital de compra foi lançado nesta terça-feira (5), pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O custo estimado é R$ 389 milhões para aquisição e envio do mobiliário a todo o país."Essa medida representa o início da padronização do mobiliário nas escolas públicas brasileiras, o que trará benefícios tanto na qualidade do material como em termos econômicos, com a redução de custos por meio do ganho em escala", afirma o diretor de administração e tecnologia do FNDE, José Carlos Wanderley de Freitas. Para ele, o acordo de cooperação técnica assinado entre o FNDE e a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE/SP), autora do projeto de concepção do mobiliário, foi preponderante para viabilizar o processo. "O trabalho de articulação com a FDE tem sido bastante positivo e resultou na cessão de uso do projeto para o FNDE", diz Freitas. Para onde vão as mesas e cadeiras?As localidades com maiores carências em investimento em educação serão priorizadas para receber os móveis. Os estados da Bahia e de São Paulo lideram o recebimento, ambos com 11,09% do total previsto.Segundo o pregoeiro da Comissão Permanente de Licitação do FNDE, Garibaldi José de Albuquerque, ações como o pregão eletrônico do mobiliário escolar movimentam o mercado produtor. "Quando sistematizamos a compra em determinado setor, o interesse de participação aumenta, o que é muito bom para qualquer processo licitatório", diz.A entrega das propostas já está em vigor na página eletrônica www.comprasnet.gov.br, onde se encontra o edital. A abertura da sessão pública para a formulação dos lances tem previsão de início para o dia 20 de maio, no mesmo sítio eletrônico.
* Com informações da Assessoria de Comunicação Social do FNDE

MEC quer começar novo currículo nas piores escolas

Prioridade será para colégio com nota baixa no Enem; sistema proposto acaba com a divisão entre as atuais 12 disciplinasSegundo presidente do conselho que representa os secretários estaduais de Educação, maior dificuldade será a adaptação do professor
Fonte: Folha de São Paulo - FÁBIO TAKAHASHIDA - REPORTAGEM LOCAL
O Ministério da Educação informou ontem que as escolas de ensino médio com as piores médias no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) serão prioritárias para receberem as mudanças no currículo.A pasta pretende acabar, ao menos em parte do sistema, com a divisão por disciplinas, presente no antigo colegial.A intenção é que o projeto-piloto conte, em 2010, com cem colégios, dos governos estaduais que aderirem à proposta.Para a escolha dessas escolas, haverá uma distribuição proporcional entre os Estados participantes do programa (considerando o tamanho das redes). Dentro de cada unidade da Federação participante, deverão ser escolhidas aquelas com piores médias no Enem.Reportagem publicada ontem pela Folha mostrou que o MEC encaminhou ao Conselho Nacional de Educação proposta que prevê ajuda técnica e financeira às redes que aceitarem mudar seus currículos.As 12 disciplinas seriam distribuídas em quatro grupos amplos (línguas, matemática, humanas e exatas/biológicas).Na visão do governo, hoje o currículo é muito fragmentado e o aluno não vê função prática no programa ministrado, o que reduz o interesse do jovem pela escola e a qualidade do ensino.O ministério afirma que a intenção é dar condições para que os modelos de ensino médio sejam diversificados.O governo Lula pretende que no ano que vem algumas redes adotem o programa, de forma experimental. No médio prazo, espera que esteja no país todo.Para entrar em vigor, a proposta precisa ser aprovada pelo conselho, que deve referendá-la em junho. Além disso, precisa ser aceita pelos Estados (responsáveis pelo ensino médio). A adesão, porém, é facultativa.Segundo o projeto, as escolas terão liberdade para organizar seus currículos, desde que sigam as diretrizes federais e uma base comum. Poderão decidir a forma de distribuição das disciplinas nos grupos e o foco do programa (trabalho, ciência, tecnologia ou cultura).ApoioA presidente do Consed (conselho que representa os secretários estaduais de Educação), Maria Auxiliadora Seabra Rezende, afirmou que apoia a proposta. Aponta, porém, dificuldades para a implantação do projeto, principalmente na formação de professores."Hoje, o ensino médio é uma coleção de disciplinas, com pouca integração. Essa já era uma preocupação dos secretários", afirmou Rezende."Mas a proposta precisa ser amplamente debatida. A maior dificuldade será a adaptação dos professores, eles foram formados para disciplinas específicas", disse a presidente."Como projeto-piloto é válido", disse o presidente do Conselho Estadual da Educação de SP, Arthur Fonseca Filho."Mas não haverá mudanças nas redes enquanto o vestibular cobrar disciplinas. Grupos mais amplos já são previstos nas diretrizes curriculares de 1998, mas até hoje não emplacaram por estarem em desacordo com o vestibular."