quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Comissão aprova pacote do professor

Já era previsto. O governo usa desses subterfugios para conseguir o que deseja, depois diz que é democrático, puro engodo, é autoritarista e impositivo. A sociedade não sabe qual o impacto desse projeto para a carreira do magistério. Infelizmente tende a entender que todos serão beneficiados, mas é mentira, a porcentagem é muito pequena e isso pode ser um tiro no pé. E a qualidade que não existe, pode não existir com a aprovação desse projeto que é altamente excludente.
Fonte: 10/09/2009 - Vinícius Segalla - do Agora
O projeto de lei que cria faixas salariais diferenciadas para professores da rede estadual que tiverem boas notas em avaliações de desempenho passou a tramitar em caráter de urgência na Assembleia Legislativa. O pacote determina que, a cada três anos, os profissionais serão submetidos a uma avaliação e, de acordo com o seu desempenho, poderão obter aumento salarial de até 25% a cada teste. Com a urgência, todo o rito de análise do projeto é acelerado, contrariando os deputados da oposição. Graças ao dispositivo, há um prazo de apenas dois dias para que o projeto passe pela análise de cada comissão. Na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), o pacote entrou no último dia 19. A comissão não conseguiu votar o relatório no tempo previsto, e a presidência da Casa designou um relator especial, o deputado Samuel Moreira (PSDB). Pelas regras da Assembleia, o relatório do relator especial não passa por votação. Moreira aprovou o projeto como estava, rejeitando 25 emendas. No último dia 3, o projeto deu entrada na Comissão de Educação, dominada por deputados da oposição. O relator, Roberto Felício (PT), apresentou um projeto substitutivo, mas a comissão não conseguiu se reunir para vota-lo no prazo e, ontem, a presidência informou que um relator especial, da base governista, será designado. O projeto deverá ser mantido como está. Depois disso, faltará apenas a Comissão de Finanças e a votação em plenário. Pelo regime de urgência, a votação tem até o fim do mês que vem para acontecer.

São Paulo revoga a lei da mordaça

Já não era sem tempo. Afinal de contas um governo que se diz democrático deveria tomar esta providência de imediato e olha que a muitos anos o Estado de São Paulo esta nas mãos do mesmo partido. Me engana que eu gosto...
Fonte: (atualizado 10 de setembro) Ter, 08/09/09 - 20h55 - Portal do governo São Paulo
Foi aprovado, nesta terça-feira pela Assembléia Legislativa de São Paulo, o Projeto de Lei o PLC 1/2009, do governador José Serra, que revoga a chamada Lei da Mordaça, que impedia manifestação de servidor público. Criada durante o regime militar, a lei proibia os servidores de se manifestarem sobre a administração pública. O projeto de lei complementar, que deve ser sancionado pelo governador ainda nas próximas semana, alterou o artigo 242 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968. Este disciplinava as proibições e os deveres a que estão submetidos os servidores públicos civis do Estado. Revogou-se o inciso I, que proíbe ao funcionário referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela imprensa, ou qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração.Na mensagem encaminhada à Assembléia Legislativa, Serra afirmou que a regra "contém mandamento em desarmonia com o princípio do Estado Democrático de Direito, por se tratar de norma restritiva à liberdade de informação e expressão".