quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Educação erra e chama antes professor reprovado

É importante averiguar e sanar todas as responsabilidades, bem como orientar de forma correta aos supervisores e dirigente de ensino. Afinal de contas, todos estão sujeitos ao erro.
Fonte: 24/02/2011 Carol Rocha do Agora
A Diretoria de Ensino Guarulhos Norte (Grande SP), responsável por 86 escolas na região, atribuiu aulas para professores temporários não aprovados na avaliação da educação estadual antes que todos os habilitados tivessem feito suas escolhas. A Secretaria de Estado da Educação confirma que houve um erro.
No dia 14 de fevereiro, a Diretoria de Ensino Guarulhos Norte convocou para a escolha de aulas os professores reprovados no processo seletivo. No dia 16, convocou para uma nova escolha os que foram aprovados no exame.
Anteriormente, os aceitos na prova já haviam participado de uma escolha. Porém, a legislação determina que os professores reprovados só poderão ter aulas atribuídas após todos os professores aprovados terem escolhido.
"Aprovado escolheu aula"
A Secretaria de Estado da Educação confirmou que houve uma falha no processo de atribuição de aulas na Diretoria de Ensino Guarulhos Norte, mas não soube dizer o que ocasionou o problema.
Em nota, a pasta informou que "a atribuição de aulas de seis classes na Diretoria de Ensino Guarulhos Norte já foi corrigida" com uma nova atribuição de aulas, anteontem, para professores da categoria F aprovados no concurso de temporários. "Em relação aos profissionais temporários reprovados, eles terão dez aulas de permanência na escola para cobrir eventuais faltas de docentes", disse a pasta.
Até ontem, a professora Bruna Valéria de Souza não havia recebido resposta sobre o recurso que protocolou na Diretoria de Ensino Guarulhos Norte, no dia 16 de fevereiro. A pasta tem dez dias para responder à solicitação. A docente continua sem aulas.

Pintura de escola reduz o horário das aulas

Falta de planejamento, organização e boa vontade. Quem perde com isso? os alunos. Assim, enquanto os alunos ficarem em segundo plano, não teremos nunca qualidade no ensino. É claro que todos sabiam que isso iria acontecer, provavelmente há muito tempo estava previsto essa pintura, mas durante as férias não era conveniente pintar a escola, afinal de contas era o momento ideal, escola vazia, sem funcionários e alunos, mas, é melhor esperar o começo das aulas para tumultuar mais um pouco. Cobra-se tanto dos professores organização e planejamento, mas o órgão que deveria ser o exemplo mostra de forma errada o que não pode ser feito.
Fonte: 24/02/2011 William Cardoso do Agora
Diminuição no horário das aulas, alunos incomodados e recomendações para que aqueles que tenham problemas respiratórios permaneçam em casa passaram a fazer parte da rotina da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Doutor Fausto Ribeiro da Silva Filho, na Vila Curuçá (zona leste de SP), desde que teve início a pintura do prédio, no começo deste ano letivo.
Os pais dos alunos afirmam que o serviço poderia ter sido feito durante as férias, quando o colégio permaneceu fechado.
Mesmo em espaços onde a pintura ainda não teve início, como no pátio interno da escola, é possível sentir um forte cheiro de tinta e solvente, como pôde constatar ontem a reportagem do Agora. Nas salas, segundo os pais, a situação é ainda pior, tanto que a própria direção teria recomendado, durante uma reunião, que alunos com problemas respiratórios não frequentassem as aulas neste período.
'Obra será só no fim de semana'
Questionada sobre as críticas feitas pelos pais e os problemas encontrados pela reportagem do Agora na Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Doutor Fausto Ribeiro da Silva Filho, na Vila Curuçá (zona leste de SP), a Secretaria Municipal da Educação admitiu o problema e afirmou que os serviços de pintura que estão em andamento no colégio serão realizados somente durante os fins de semana.
A secretaria determinou também a suspensão do horário reduzido em vigor até ontem. Segundo a pasta, a partir de hoje, a escola deverá retomar o horário normal das aulas para todos os alunos.
Segundo a administração municipal, os alunos não serão prejudicados pelas horas de aula perdidas neste início de ano letivo. A secretaria afirma que as aulas serão repostas.

MEC ANUNCIA NESTA QUINTA-FEIRA AUMENTO DE 16% NO PISO DE PROFESSOR

Fonte: Agência Estado 24/02/11
Valor vai de R$ 1.024,67 para R$ 1.187,97 para jornada de 40 horas.
Reajuste é calculado de acordo com custo-aluno do Fundeb.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, anuncia nesta quinta-feira (24) o novo piso salarial dos professores da rede pública do país. O valor será de R$ 1.187,97 para docentes de nível médio que cumprem carga horária de 40 horas - uma alta de 15,84% sobre os R$ 1.024,67 adotados em 2010. Para os professores que cumprem 20 horas, o piso será de R$ 593,98.
O valor, de acordo com o MEC, é calculado pelo custo-aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A assessoria de imprensa do MEC disse que será definido nesta manhã se Haddad concederá entrevista coletiva sobre o aumento.
O governo anuncia também o abrandamento das regras para a liberação de recursos federais para as cidades que têm dificuldades para pagar o piso salarial. Atualmente, para receber o recurso adicional quando não é possível atingir o piso mínimo, o estado ou o município tem de destinar 30% de seu orçamento para a educação - e não os 25% exigidos pela Constituição. Pela nova regra, valerá o porcentual definido na Constituição.
O Ministério da Educação (MEC) vai flexibilizar também a regra que determina que, para repassar a verba, o município precisa atender 30% dos alunos na área rural. A condição deverá ser derrubada.

Governo do Estado continua ataque contra professores concursados

Fonte: APEOESP
Recentes reportagens veiculadas informam que o Estado de São Paulo continua vetando a posse de professores concursados. Depois do veto por problemas de obesidade, miopia e outros, agora ele ococrre com professores que em algum momento estiveram em licença por motivo de depressão.
Trata-se de mais uma decisão absurda do governo estadual, que submete esses profissionais a uma situação de discriminação, injustiça e preconceito, num contexto onde o Brasil vem avançando na garantia dos direitos humanos a parcelas cada vez maiores da população.
A exemplo dos profissionais anteriormente vetados – e que movem ações contra o Estado através do departamento jurídico da APEOESP – esses professores ministram aulas na rede estadual de ensino como temporários. Assim, perguntamos novamente: por que esses professores podem ser ocupantes de função atividade, mas não podem ser efetivos?
Trata-se de uma situação inaceitável, condenada por especialistas e juristas e demonstra falta de sensibilidade e desrespeito do Estado para com seus profissionais da Educação. Em vez de promover políticas para prevenir situações de estresse e desgaste que podem levar os profissionais a sofrimento psicológico e à depressão, o governo prefere puni-los, impedindo-os de tomar posse, embora aprovados no concurso. Além disso, estão sendo vetados professores que, em determinados momentos, necessitaram tirar curtos períodos de licença, mas já se encontram em perfeitas condições de saúde.
Enquanto persistirem as atuais condições de baixos salários, desestímulo, ausência de medidas eficazes para conter a indisciplina dos alunos, superlotação das salas de aula, precariedades estruturais nas escolas e outras, os professores continuarão adoecendo. É necessário que o Estado atue sobre as causas do problema e não pretenda “resolvê-los” criando dificuldades para que os professores realizem tratamentos médicos. A lei 1041/2008 limita o direito a faltas para consultas e tratamentos médicos a seis por ano e, diante dos problemas existentes na rede de ensino, precisa ser revogada.
A APEOESP continuará prestando toda a assistência jurídica aos professores para que lutem contra essa nova forma de discriminação e para que tenham seus direitos respeitados.

SP quer construir 1,5 mil creches em 4 anos; governo federal levará menos tempo e gastará mais

Fonte: 24/02/2011 - 00h01 Da Redação UOL educação Em São Paulo
O secretário da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, anunciou nesta quarta-feira (23) que o governo do Estado deve gastar R$ 1 bilhão na construção de até 1,5 mil creches em quatro anos. A proposta foi feita durante uma reunião do Ceesp (Conselho Estadual de Educação de São Paulo).
Caso sejam construídas 1,5 mil creches, o valor médio de cada uma será de R$ 666 mil; se somente a meta mínima (1 mil unidades) for atingida, cada uma sairá por R$ 1 milhão, em média. Este valor é menor do que o governo federal gasta no Proinfância –que repassa verbas para esse tipo de construção–, em torno de R$ 1,2 milhão. Uma das explicações para o valor é a especificidade dos projetos do programa federal
Em compensação, a meta da gestão Dilma Rousseff é construir quatro vezes mais creches no mesmo período de tempo proposto por Voorwald –1,5 mil por ano, 6 mil até 2015. Apesar da meta, estipulada no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) 2, o governo federal não cumpriu nem a proposta de fazer 800 creches no ano passado.
O dinheiro para construção das creches nas cidades de São Paulo deverá sair do FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação). Os locais prioritários serão definidos pelas secretarias da Educação e Desenvolvimento Social.
O UOL Educação tentou durante toda a tarde desta quarta contato com a Secretaria da Educação de São Paulo, mas não obteve retorno.
De acordo com o presidente do Ceesp, Hubert Alquéres, ainda não é possível precisar se a meta da pasta é viável: "a gente não teve tempo para se debruçar nessa questão, mas ele foi muito feliz em jogar luz numa área que é importante e que tem uma demanda reprimida", ressalta. Ele diz que há um "movimento da sociedade" que pede a universalização das creches.
Além de anunciar as novas vagas, o secretário também pediu ao conselho auxílio na elaboração do Plano Estadual de Educação, na revisão do modelo de supervisão das escolas da rede estadual e nos convênios entre municípios e o Estado.