quarta-feira, 27 de abril de 2011

No Rio, um só professor ensina matemática, ciência e português

Projeto... ah ta. É assim que a educação caminha para o buraco. Se for para o 6 ano ser continuação do 5 ano, é importante que o RJ questione a legislação em vigor, pois define conteúdos específicos sim para este segmento de ensino. Duvido que um professor apenas consiga garantir a especificidade das séries finais do ensino fundamental em relação as competências e habilidade requeridas em Lingua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes, Inglês e Educação Física. Me desculpem e não sintam-se ofendidos, mas hoje em dia a universidade male male forma para a sua disciplina, o que dira para o conjunto delas. Daqui alguns anos veremos o quanto os cofres públicos economizaram de din din e como o indicadores cairam ainda mais, pois píor que esta, pode ficar e muito. Tenho pena dessas crianças que estão servindo de cobaia para esse projeto. Elas no fundo serão as maiores prejudicadas. Espero que ninguém mais queira copiar essa idéia genial. A economia em educação vem sempre maquiada pela questão pedagógica e não e de hoje.
Fonte: 27/04/2011 - 08h22 LUIZA BANDEIRA Folha de São Paulo
Um projeto da Secretaria Municipal de Educação do Rio está colocando um só professor para ensinar português, ciências, matemática e todas as disciplinas básicas no 6º ano (antiga 5ª série) do ensino fundamental.
Pelo sistema tradicional de ensino, os alunos têm aula com um só professor até o 5º ano (antiga 4ª série) e, a partir do 6º, têm diversos professores, especializados nas disciplinas que lecionam. Atualmente, 53 turmas fazem parte do projeto, mas no ano que vem o sistema pode ser ampliado para todas as escolas da rede.
Segundo a secretária Claudia Costin, a ideia é adiar a transição, pois alunos com 11 anos são muito novos para passar pela mudança.
Entre as vantagens do projeto, Costin aponta a criação de um vínculo afetivo mais forte entre aluno e professor. "O professor fica muito mais tempo com a turma."
Para Ocimar Alavarse, professor da Faculdade de Educação da USP, o projeto também favorece a interdisciplinalidade. "Por ser apenas um professor vai forçar que articulações entre disciplinas seja mais presente."
FORMAÇÃO
Segundo a secretária, apesar de não terem formação específica na área, os professores não têm problemas para ensinar os conteúdos. "Estamos falando de ensino fundamental. Não existe a hipótese de o professor não conhecer o conteúdo."
Eles também têm auxílio de apostilas e recebem supervisão semanal.
Para Maria Márcia Malavasi, da Faculdade de Pedagogia da Unicamp, é essencial que os docentes passem por cursos para saber ensinar os conteúdos. "É muito difícil um professor ter domínio de todas as áreas de conhecimento", afirma.
Malavasi levanta também a hipótese de o projeto representar "uma estratégia para baratear os custos com mão de obra na escola."
A assessoria da secretaria disse que o projeto não tem a ver com economia, apenas com a questão pedagógica.

Kassab não vai zerar o déficit de vagas nas creches

Alguém, algum dia acreditou em tamanho engodo. Promessas eleitoreiras. Quem se lasca o povo. Quem sabe um dia a população aprende a votar. Do contrário continuaremos a ver essa patacoada por muitos e muitos anos. Triste, mas é verdade.
Fonte: 27/04/2011 - 10h25 - Agência Estado
A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2012 indica que o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), não vai cumprir outras cinco metas previstas para melhorar a vida do paulistano. Entre elas está zerar o déficit de vagas nas creches, promessa de campanha feita por Kassab em 2008.
O prefeito ainda deixou de fora das LDOs de 2011 e de 2012 outras duas propostas incluídas no seu Plano de Metas que não registraram avanços entre 2009 e 2010: o prolongamento da Avenida Roberto Marinho, na zona sul, e a construção de dois terminais rodoviários.
Ajuste
A Prefeitura informou que poderá incluir metas que não constam nas LDOs no orçamento. O governo diz ainda que o Plano de Metas "é instrumento dinâmico que passa por ajustes de forma a atender às necessidades de uma cidade com a dimensão e complexidade de São Paulo". Questionado ontem se vai cumprir as metas da Agenda 2012, Kassab disse estar "bastante confiante, bastante tranquilo em relação a todas as ações que estão sendo executadas pela Prefeitura de São Paulo". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

STF rejeita ação contra piso e jornada de trabalho de professores

Fonte: 27/04/2011 - 17h17 Da Redação - UOL Educação - * Em São Paulo
O STF (Supremo Tribunal Federal) considerou improcedente a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 4167, que ia contra a lei do piso do professor (lei 11.738, de 2008). No entanto, não foi dado "efeito vinculante" ao trecho relativo à jornada de trabalho docente - que determina que dois terços dela sejam destinados ao trabalho com os estudantes.
No dia 6 de abril, por 8 votos a 1, o pleno reconheceu a constitucionalidade da lei. A votação da jornada, porém, foi adiada por falta de quórum e os ministros decidiram, então, aguardar o voto do presidente da corte, ministro Cezar Peluso, que se encontrava em viagem oficial à Itália.
Hoje, na retomada do julgamento, houve empate de 5 a 5 na votação. O ministro Peluso votou no sentido de considerar inconstitucional a definição da jornada de trabalho. Como o dispositivo trata de jornada de trabalho, "matéria típica do regime jurídico dos servidores", segundo o ministro, não existe nenhuma norma que ampare a edição desse texto. Para Peluso, o dispositivo estaria em absoluta dissintonia com a autonomia conferida aos estados para legislar sobre o tema.
Com a decisão "sem efeito vinculante" quanto à jornada, o ponto permanece válido, da mesma forma que está na lei, mas pode ser questionado novamente.
*Com informações do STF