quarta-feira, 15 de junho de 2011

Professor que atingir meta terá bônus

Isso é muito bom. Vamos esperar apenas para ler o que de fato será enviado a ALESP.
Fonte: ESTADÃO, 15/06/2011 Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo
A Secretaria de Educação de São Paulo vai dar, a partir do ano que vem, bônus para todos os profissionais do magistério que atingirem a meta na prova de mérito. Hoje, mesmo atingindo a meta, apenas 20% deles são promovidos. Além disso, a pasta não vai mais utilizar apenas a prova para conceder o mérito - outros indicadores, que ainda estão em discussão, devem contar para o docente progredir.
As mudanças, elaboradas em conjunto com a Secretaria de Gestão Pública, constam na nova lei do plano de carreira e política salarial, assinada ontem à noite pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que segue hoje para a Assembleia Legislativa.
Com os novos critérios, um professor no estágio mais alto da carreira, com jornada de 40 horas semanais, conseguirá acréscimo de 183,05% no salário, afirma a secretaria. Atualmente, o docente consegue até 143, 12% - isso se estiver entre os 20% que recebem o bônus.
Hoje, um professor pode avançar em dois eixos: vertical e horizontal. O eixo vertical é a promoção por mérito, que ocorre apenas por meio da prova e tem cinco níveis. A cada avanço, o docente recebe 25% de aumento sobre o salário-base. Agora serão oito níveis de carreira - ou seja, ele fará mais avaliações - e o aumento será de 10,5% em cima do salário anterior. Ou seja, ele vai acumular os acréscimos. O máximo a ser atingido será de 101,16%.
Além disso, a secretaria não vai considerar somente a prova - que agora poderá ser feita a cada três anos - para dar essa evolução na carreira.
O Estado apurou que a pasta discute considerar, além do exame, o desempenho da turma; fazer simulações de situações do cotidiano escolar para verificar como o professor lidaria; avaliar o docente em sala de aula; e criar um sistema em que pais e docentes avaliem o trabalho da escola. A pasta quer discutir os outros indicadores a partir de encontros com especialistas e com as diretorias regionais, com a criação de uma comissão paritária.
Hoje, o eixo horizontal - ou seja, a progressão na carreira - também ocorre em cinco níveis. Um docente que tem doutorado, por exemplo, pula direto para o último nível. Agora também haverá oito níveis, incentivando o professor a estudar mais. A pasta quer valorizar a formação acadêmica e estimular a realização de pós-graduação e a formação continuada. Cada "pulo" de faixa significará um aumento de 5%. O máximo que poderá ser atingido nesse eixo será de 40, 71%.
"As propostas apresentadas objetivam tornar viável e reconhecer a importância da evolução acadêmica e do envolvimento e dedicação dos servidores com as atividades fins da escola", disse ao Estado o secretário da Educação, Herman Voorwald.

Professora é espancada por mãe de estudante

Além da revolta, é um absurdo ainda acontecer isso nas unidades escolares e nada, nada acontecer com os agressores, se fosse o inverso, todos (inclusive a imprensa) estariam pressionando e as autoridades de imediato afastariam para função exclusivamente burocrática. O que me revolta e que isso não é um fato isolado, infelizmente, quem dera que fosse, mas não é. Até quando vamos mascarar a realidade?
Fonte: Agora São Paulo, 15 de junho de 2011 - Artur Rodrigues
Uma professora de biologia de 58 anos foi espancada pela mãe de um aluno de 12 anos dentro da Escola Estadual David Nasser, no Jardim Macedônia, no Capão Redondo (zona sul de SP), anteontem. A mulher teve ferimentos no olho e na cabeça, após receber socos e pontapés. A agressora responderá em liberdade por lesão corporal.
A agressão aconteceu após a professora Genoveva de Araújo Soares levar o aluno para diretoria por mau comportamento em sala de aula. Segundo ela, com medo da reação dos parentes, o menino inventou para a mãe que havia sido agredido pela professora. "Ela me pegou pelos cabelos e começou a esmurrar e falar que eu havia batido nele, sem dar tempo para ninguém que estava próximo conseguisse apartar", contou.
Enquanto a professora apanhava, dois homens da família da agressora formaram um círculo ao redor da vítima para impedir que ninguém interrompesse. O espancamento só parou porque um professor salvou a professora.
A mãe do aluno ficou retida na escola até a chegada da Policia Militar. A professora prestou queixa na Policia Civil. O aluno acabou sendo transferido para outra escola, segundo a professora. A vítima passou por atendimento no Hospital do Servidor Público e foi liberada, com hematomas e um ferimento no olho. “Estou traumatizada, angustiada”, disse. A professora afirma estar com medo de novas agressões porque mora no mesmo bairro em que trabalha. “Vou passar uns tempos na casa do meu filho em Carapicuíba (Grande São Paulo)”.
A vítima da agressão, conhecida por todos como Gina, começou a trabalhar na escola David Nasser em 1990, como inspetora de alunos. Lá, também atuou como escriturária, até se tornar professora. Alunos e professores protestaram contra a violência e homenagearam a professora ontem.
A Secretaria da Educação afirmou que a professora ficará afastada por tempo indeterminado para se recuperar da agressão.
Segundo caso em 15 dias.
Outra professora foi espancada há duas semanas pela a mãe de uma estudante, em Salto do Pirapora (122 km de SP). A professora Sônia Maria Mendes, 48 anos, teve varias fraturas no rosto.
A agressão aconteceu quando a vítima saía do trabalho, na Escola Municipal João Fernandes de Andrade. A agressora atacou a vítima pelas costas, derrubando-a no chão e desferindo vários golpes no rosto dela. A docente precisou passar por uma cirurgia. A agressora disse que bateu na vítima pois a filha foi humilhada pela professora.
Em maio, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) condenou uma escola pública no Distrito Federal a indenizar em R$ 10 mil uma professora agredida por um aluno. O STJ afirmou que a escola deveria oferecer segurança à professora.
Resposta
Educação diz que o fato foi isolado.
A Secretaria de Estado da Educação afirma que lamenta a agressão sofrida pela professora.
A pasta manifestou solidariedade ao grupo de professores e alunos que fez um protesto ontem na porta da escola. A Educação informou ainda, por meio de uma nota, que uma equipe de supervisores vai até a unidade apurar a situação. A PM também deve reforçar a segurança.
A secretaria afirma que foi um fato isolado. "Por estar localizada em uma região de alta vulnerabilidade social, a secretaria já havia destacado um professor-mediador para trabalhar as atividades pedagógicas e as relações interpessoais da comunidade escolar a fim de prevenir conflitos". A agressora não foi localizada pela reportagem.
Comentário da Udemo
Por que será que essas coisas não acontecem com juízes, promotores, delegados de polícia, procuradores? Será que é porque eles revidariam? Será porque os agressores seriam presos no momento e no local? Será porque eles ainda têm o status, o prestígio e a autoridade que os professores um dia já tiveram?
E ainda se ouve, por aí, que educação é prioridade. Onde? Na China? Na Coréia? Na Dinamarca? Que tal aprender com a colega do Distrito Federal: processar o Estado?
Como diria aquele jornalista: “Isto é uma vergonha”!