sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

GOVERNO DE SP QUER TODAS AS SALAS DE AULA COM LOUSA DIGITAL

Vamos esperar para ver o que vai acontecer. Eu duvido que em 10 anos teremos todas as salas com lousa digital. Outra coisa, carrinhos com tablets rsrsrsrs, é para dar risada mesmo. Nem na época do livro didático esses carrinhos ou armários com livros em sala funcionava. Sempre faltava. Vai parecer com as salas de informáticas. Existem, com poucos computadores, sem formação adequada, sem profissionais que dominam essas tecnologias. Quando quebram ficam dias, semanas, anos se bobear sem conserto. Mas aos olhos do grande público tudo funciona. Como Alice no país da maravilha. De verdade, espero que dê tudo certo. Mas também vejo sim questões eletoreiras nessa jogada.
Fonte: Agência Estado - 17/02/2012
As escolas estaduais de São Paulo vão contar com lousas digitais em todas as salas. De acordo com o secretário de Educação Herman Voorwald, o governo vai lançar nos próximos dias uma parceria público-privada de R$ 5,5 bilhões para dez anos. A distribuição de tablets também está prevista.
Segundo Voorwald, uma das propostas é ter, nas salas de aula, carrinhos em que os tablets estejam disponíveis para os alunos - que poderão usá-los e, depois, guardá-los. A iniciativa da pasta foi anunciada poucas semanas depois de o Ministério da Educação (MEC) afirmar que, até o fim deste ano, todos os professores de ensino médio das escolas públicas do País terão tablets.
O pacote de ações da Secretaria Estadual de Educação inclui a reforma das escolas, capacitando-as para a instalação dos equipamentos; a adequação do curículo aos aparelhos e a formação dos professores para lidar com as novas tecnologias. "É um conjunto de ações em que os instrumentos em si não são o mais caro. A formação dos professore sé o ponto mais forte dessa proposta",a afirma o secretário.
A ideia da secretaria é que as lousas e os tablets possibilitem uma maior interação durante o aprnedizado dos conteúdos. "Uma vez formado, o professor usa aquilo como instrumento pedagógico de interação", explica Voorwald. "O núcleo duro é a capacitação do docente para lidar com essa tecnologia e usá-la para pegar o currículo da rede e ter uma interação mais próxima com os estudantes."
As declarações foram feitas durante o seminário Líderes em Gestão Escolar, organizado pela Fundação Lemann em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-SP). Segundo o governo Geraldo Alckmin, a PPP ainda está sob análise.
O secretário criticou a distribuição de tablets sem projeto pedagógico, sem citar diretamente a proposta do MEC. Segundo ele, "distribuir por distribuir" não adianta. "Da forma como está sendo feito, o Estado não fará. O tablet não pode ser por si só o salvador da pátria", disse. "Não acredito em distribuir computador para aluno, não acredito em distribuir tablet para cima e para baixo. Para mim, isso é ação eleitoral e não dá absolutamente nenhum resultado."
Na proposta do MEC, os equipamentos terão material didático para melhorar o conteúdo das aulas. O ministério prevê a compra de até 598.402 tablets.
Para especialistas, ouso da tecnologia na educação é positivo, mas depende de preparo."Uma lousa digital não garante aula melhor. O professor precisa ter clareza das possibilidades dessa ferramenta", afirma Anna Helena Altenfelder, superintendente do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
Reosa Maria Farah, do Núcelo de Pesquisa da Psicologoia em Informática da PUC-SP, destaca que a tecnologia pode empolgar alunos. "Gera motivação nos jovens."